Implantação justificada pela especialização das partes
Material para ser apresentado pela Operadora ao possível Terceirizado.
Caso seja aprovado, ou aprovado com alterações, deverá ser feita uma Ata das decisões a ser assinada pelos interessados, na qual conste também os proxímos passos a serem desenvolvidos e por quem, com datas definidas para o próximo encontro.
A Operadora de Planos de Saúde é regulamentada pela ANS, que impõe regras exaustivas, e porque não dizer, que interferem na liberdade empresarial, engessando todo o sistema e exigindo ações e comportamentos administrativos e financeiros que vão muito além do bom atendimento ao cliente.
Por conta disto, em 1998 antes da ANS, tinhamos no Brasil cerca de 2.700 planos de saúde, e hoje 2022, contamos com algo em torno de 600 planos de saúde.
Pelo andar da carruagem, mais alguns anos, e teremos apenas grandes organizações atuando nesta área, pois as dificuldades impostas são enormes.
Entendo que a sobrevivência neste setor passa por uma especialização profunda em cada tarefa exigida pela regulamentação, bem como nas atividades administrativas, financeiras, comerciais (captação de clientes) e assistênciais (credenciamento de serviços para atender as demandas dos clientes).
Nesta linha de raciocínio, acredito no sucesso de uma subdivisão de tarefas, de tal modo que a Operadora "tercerize" as tarefas assistênciais por completo, sem perder o necessário controle quantitativo (profissionais especializados e suficientes para atender as demandas), e de qualidade (acompanhamento sistemático de satisfação dos clientes).
O "terceirizado" deverá ser um empreendedor experiente, conhecedor das exigências regulatórias do setor, e que deseje crescer juntamente com a Operadora em todas as localidades onde esta atua ou pretende atuar.
De outra forma, haverá necessidade de desenvolvimento de novo "Terceirizado" nas novas áreas de atuação.
Para viabilizar este projeto, ao qual chamo de "Gestão Compartilhada ou Sociedade Informal", faz-se necessário o estabelecimento de parâmetros orçamentários, a serem desenvolvidos em comum acordo entre as partes, Operadora e "Terceirizado".
A idéia é que ambos, Operadora e "Terceirizado" tenham seus orçamentos baseados no faturamento do Plano de Saúde, com total transparência.
Cada um deverá ter um determinado percentual do faturamento para cumprir suas tarefas e mensalmente deverá ocorrer o encontro de contas para ajustes finos.
A seguir algumas colocações para início de entendimentos, onde chamei de Captação as tarefas da Operadora e de Atendimento às tarefas do "Terceirizado".
Enfatizando, o desenvolvimento do projeto deverá ser feito a quatro mãos, Operadora e "Terceirizado".
1. Responsabilidades Operacionais
1.1. Estão subdivididas em Captação e Atendimento, onde:
1.1.1. A Captação é composta por diversas gerências operacionadas pela Operadora, e
1.1.2. O Atendimento é composto por diversas gerências operacionadas pelo "Terceirizado"
2. Responsabilidades da Captação
2.1. Regulamentação Operacional
2.1.1. Formalidades junto ao Órgão Regulador (ANS)
2.1.1.1. Relatórios
2.1.1.1.1. TISS, etc
2.1.1.2. Garantias Financeiras
2.1.1.2.1. Peona, etc
2.2. Comercialização
2.2.1. Equipe própria
2.2.2. Corretores especializados
2.2.3. Marketing
2.3. Financeiro
2.3.1. Cobrança
2.3.1.1. Clientes
2.3.2. Pagamento
2.3.2.1. Prestadores de Serviços
2.3.3. Reajustes contratuais
2.3.4. Atuarial
2.3.5. Contabilidade
2.4. Administração
2.4.1. Estratégias de Desenvolvimento
2.4.2. Estratégias de Crescimento
2.4.3. Recurso Humanos
2.5. Tecnologia da Informação
2.5.1. Projetos
2.5.2. Desenvolvimento
2.5.3. Treinamento
2.5.4. Implantação
2.6. Jurídico
2.6.1. Processos Administrativos
2.6.2. Processos Judiciáis
2.6.3. Processos Trabalhistas
2.6.4. Processos Tributários
3. Responsabilidades do Atendimento
3.1. Serviços
3.1.1. Consultas
3.1.1.1. Ambulatorial
3.1.1.2. Telemedicina
3.1.1.3. Pronto Socorro
3.1.1.4. Domiciliar
3.1.2. Exames Diagnósticos
3.1.2.1. Análises Clínicas
3.1.2.2. Imagens
3.1.3. Tratamentos Clínicos
3.1.3.1. Fisioterapias
3.1.3.2. Psicoterapias
3.1.3.3. Doenças Cronicas
3.1.4. Tratamentos Cirúrgicos
3.1.4.1. Eletivos
3.1.4.2. Urgências e Emergências
3.2. Medicamentos
3.2.1. Distribuidora
3.2.2. Farmácias
3.3. Materiais Especiais
3.3.1. Órteses
3.3.2. Próteses
3.3.3. Fios especiais
3.4. Transportes de Pacientes
3.4.1. Interhospitalar
3.4.2. Interurbano
3.4.3. Remoção
3.5. Home Care
3.5.1. Equipe própria
3.5.2. Terceirizados
** 4. Participação Orçamentária**
Uma vez fechado entendimentos sobre as responsabilidades de cada braço (Operadora e "Terceirizado"), e conhecedores que somos das receitas e despesas operacionais, poderemos determinar percentuais do faturamento para cada braço.
Naturalmente, esta análise é dinamica, e tenderá a ser alterada à medida que os processos ganharem eficiência operacional.
Daí a necessidade de encontro de contas e revisão dos parâmetros mensalmente.
Operadora e "Terceirizados", em gestão compartilhada, devem compartilhar os resultados obtidos.
Planilha de Orçamento do braço Captação com detalhamento por Gerência Operacional
Planilha de Orçamento disponível do braço Atendimento por Gerência Operacional
Lembrando que a somatória dos orçamentos tem por teto 100%, total disponível faturado, e que dentro deste percentual deve figurar percentuais de segurança funcional, emergências, investimentos e lucros para ambos os "sócios".